Na era do conhecimento, os padrões de consumo e de distribuição são outros: o rádio e a televisão não exercem mais a influência de antes na vida das pessoas. Os fenômenos dos novos tempos, baseados na força da web, são reforçados por Chris Anderson, autor do best-seller A Cauda Longa e editor da revista Wired. De acordo com Anderson, a análise de informações sobre a nova economia no setor de entretenimento na era digital, na qual não mais se aplica a tradicional regra do marketing que preconiza que; 20% dos produtos geram 80% das vendas e, geralmente, 100% dos lucros.
“Com a possibilidade de ofertar produtos de maneira ilimitada, o novo canal revela que os conceitos até agora vigentes, baseados em nichos e sucessos não funcionam mais, já que a escassez demanda novos sucessos”, destacou o jornalista. Anderson, baseado em suas análises criou o conceito “cauda longa”, fundamentado no comportamento das pessoas. Sua teoria está baseada na idéia de uma curva formada por consumos que nunca zeram: a chamada distribuição de longo trajeto.
Anderson destaca que, durante o último século, o olhar dos negócios esteve direcionado para a grande popularidade dos sucessos. O autor propõe então uma mudança de perspectiva, pois na parcela que recebia menos atenção, a trajetória que prosseguia até o ápice nunca zerava. “O amplo leque de opções dos produtos está disponível a todo o tipo de público pela internet”, comenta ele elucidando que, enquanto uma loja física é capaz de reunir um limitado número de itens, uma virtual apresenta um número muito maior, e à medida que acrescenta produtos aos negócios de uma empresa, sua audiência é ampliada em algum lugar do mundo.
“O gosto da população é cada vez mais divergente e revela as diferentes faixas de cultura das pessoas”, diz. Para ele, a internet otimiza as buscas individuais, realizadas de maneira organizada em razão de interesses pessoais. “Um jornal não é capaz de proporcionar a mesma pesquisa que o Google”, comparou o jornalista. Anderson acredita que, em função desse tipo de diferencial, a web abocanhará parte do market share hoje ocupado pelos jornais.
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